sábado, 26 de maio de 2012
quarta-feira, 23 de maio de 2012
OS MUITOS TREZES DE MAIO
fotografia: Miriane Figueira |
Em Curitiba, seminário
debateu cultura, memória e patrimônio afro-brasileiro
A sede da Sociedade Operária
Beneficente 13 de Maio foi palco, no último dia 19, de duas atividades
simultâneas que buscaram congregar reflexão teórica, articulação política e
sensibilidade artística.
O seminário Treze(s) de Maio: tempos e lugares da memória reuniu, durante todo
o dia, pesquisadores, movimentos sociais, instituições públicas e interessados
em geral em torno de questões como a presença negra na cidade e as políticas
destinadas à cultura e ao patrimônio afro-brasileiros. O evento contou ainda
com a participação de representantes de clubes sociais negros do interior do
Paraná e de outros estados.
“Por todo o Brasil existem clubes
que guardam a memória dessa data. Dentre eles, a Sociedade 13 de Maio de
Curitiba é hoje reconhecida nacionalmente como o segundo mais antigo do país”,
ressaltou Giane Vargas, pesquisadora da temática e diretora técnica do Museu
Comunitário homônimo, em Santa Maria (RS). “Este é, seguramente, um patrimônio
que precisa ser preservado”.
Paralelamente se deu a abertura
da exposição SOB Memoração, de
Miriane Figueira, elaborada a partir do acervo pertencente à Sociedade e seus
membros, em diálogo com imagens de autoria própria. A mostra combina fragmentos
documentais e fotográficos, resgatando diversas narrativas possíveis sobre os
124 anos de história da instituição. Deve permanecer no local por tempo
indeterminado.
“A proposta é trabalhar a memória
dessa comunidade afro-descendente num processo dialógico, que também permita
produzir um legado em termos acadêmicos e afetivos para seus sujeitos”, afirmou
Thiago Hoshino, um dos organizadores do evento.
Seminário e exposição são resultados
do projeto de pesquisa Negros, libertos e
associados, desenvolvido desde 2011 por equipe multidisciplinar, com apoio
do Fundo Municipal de Cultura.