foto: Geslline Giovana Braga. 2012. |
12 de janeiro de 2012
Hoje realizamos a entrevista com o historiador Edvan Ramos da Silva, no café do Paço da Liberdade, antiga prefeitura da cidade de Curitiba, localizada na Praça Generoso Marques na região central da capital. Contamos com a participação de Thiago Hoshino, membro da equipe responsável pelo projeto "Negros, libertos e associados: identidade cultural e território étnico na trajetória da Sociedade 13 de Maio (1888-2011)". O estudo também está em execução junto à Fundação Cultural de Curitiba, o qual tem empreendido uma série de ações de pesquisa historiográfica e valorização da memória da Sociedade Operária Beneficente 13 de Maio
Hoje realizamos a entrevista com o historiador Edvan Ramos da Silva, no café do Paço da Liberdade, antiga prefeitura da cidade de Curitiba, localizada na Praça Generoso Marques na região central da capital. Contamos com a participação de Thiago Hoshino, membro da equipe responsável pelo projeto "Negros, libertos e associados: identidade cultural e território étnico na trajetória da Sociedade 13 de Maio (1888-2011)". O estudo também está em execução junto à Fundação Cultural de Curitiba, o qual tem empreendido uma série de ações de pesquisa historiográfica e valorização da memória da Sociedade Operária Beneficente 13 de Maio
O
interesse de Edvan sob a Sociedade
Operaria Beneficente 13 de Maio se deu a partir de sua pesquisa sobre a
“santa” curitibana Maria Bueno[1],
lavadeira e que segundo ele freqüentava a Sociedade.
Edvan
também nos contou que a sociedade promovia eventos profissionais e culturais,
em meio as festas e outras atividades sociais, ela também ofertava a
alfabetização de seus membros. Dentro desse contexto pontuou sobre a relação
entre a Sociedade e outras
instituições como o Clube Operário e
as irmandades já citadas.
Por fim o
historiador enfatizou que a história da Sociedade
assim como a história da própria negritude em Curitiba se trata de um
“quebra-cabeça” histórico, infelizmente ainda caracterizado pela falta de valor
dado à documentação e aos seus sujeitos, dentro de um cenário de “embraquecimento”
da historiografia paranaense.
[1]
Maria Conceição Bueno é considerada santa por parte da população, mas não é
reconhecida oficialmente pela igreja. Seu tumulo encontra-se no Cemiterio
Municipal de Curitiba, local em que é possível ver as lembranças e preces de
seus devotos. Sobre Maria Bueno ver “Maria
Bueno: Santa de Casa” (STOLL, Sandra J.; BRAGA, Geslline G. ; DURANDO, Vanessa;
SANTOS, Conceição dos; 2012)